Quimera
Não batas em minha porta
Não neste momento...
Agora somente o vento
Tem permissão para entrar...
Porque se me vires agora
Nesta data, nesta hora
Podes não querer voltar!
Pois descobrirás, de súbito
Que a máscara que uso
Não está em seu lugar...
Ela me acompanha noite e dia
Faz-me sempre companhia
Revelando uma alegria
Que nem sempre está lá...
Mas a madrugada raiou
E caiu o meu disfarce
Colocando-me face a face
Com este grande contraste
Entre o sorriso e a dor...
Por isso não quero que venhas
Não preciso que te surpreendas
Não deves ver o meu torpor...
Nem descobrir o fingimento
De eu ser, em todos os momentos,
Para o mundo e para todos, um ator!
Pois somente em isolamento
Devo viver o meu tormento
De ser quem realmente sou!
Uma delícia esse poema, me identifiquei em vários trechos, mas acho que poderia ter um título melhor. Bjs.
ResponderExcluirObrigada mesmo!!! vou mesmo pensar em sua opinião!! de repente sai a sugunda edição!! rsrsrs valeu mesmo
ResponderExcluirFico fascinadoooo com os teus escritos! Não resisti e tive que sair da "surdina", preferia permanecer com as minhas visitas silenciosas, mas constantes. Não resisti! rsrsrs
ResponderExcluirE se eu te vir agora, agora mesmo eu fico!
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