domingo, 24 de fevereiro de 2013

Um loop no tempo!


Depois de muuuito tempo sem escrever, ao que peço desculpas aos meus possíveis (e improváveis?) fãs, consegui enfim voltar meus pensamentos ao meu já solitário blog, ao que peço desculpas a ele também! Bom... Desculpas solicitadas, posso começar a divagar novamente. E desta vez, depois de algum tempo sem este assunto por aqui, falarei novamente sobre cinema.


Felizmente tenho visto muitos filmes, e tenho gostado de vários. Mas escrever sobre todos é cansativo e nem sempre atrativo. Mas quando assisti este filme, pensei que ele valeria uma matéria em meu blog e cá está!! E o selecionado para ter esta honra (só porque eu acho! rs) chama-se Looper.               


Looper ganhou um subtítulo para a versão brasileira que, mais uma vez, achei desnecessário! Portanto, no Brasil, o nome completo do filme é Looper – Assassinos do Futuro. E eis porque esta produção ganha destaque em meu blog: por roteirizar o tão fértil e cheio de possibilidades campo do espaço-tempo que é, particularmente, um fascínio meu e que, inclusive, já havia falado anteriormente (vide matéria sobre Dejà Vu).

Looper (2012) tem a direção de Rian Johnson, diretor nada conhecido atrás de somente duas películas: A Ponta de um Crime (2005) e Vigaristas (2008), que realmente não emplacaram. Mas tenho que falar que ele fez milagre com um orçamento apertadíssimo (US$ 60 milhões) e um roteiro bastante ousado. Por isso, os efeitos especiais são escassos e algumas partes da exequibilidade da viagem no tempo não são aprofundadas. Mas ainda assim, acho mesmo a história interessante e indico o filme. 

Em um futuro não muito distante, os mafiosos dominam a tecnologia da viagem no tempo. Entretanto, como é quase impossível, em sua época, livrar-se das acusações de um homicídio, eles enviam as vítimas para o passado, onde elas ainda não existem, para serem executadas por assassinos selecionados pela própria máfia, chamados de loopers. Acontece que quando o mafioso do futuro quer sumir com todas as provas de seus crimes, ele procura o looper no futuro e o envia de volta para que seja exterminado por ele mesmo, no passado. É quando acontece o loop, ou seja, quando o ciclo se fecha!

E é o que ocorre com Joe (Joseph Gordon-Levitt) que se depara com a situação de ter que matar a si mesmo 30 anos mais velho. O problema é que seu eu do futuro, que não é ninguém mais e ninguém menos do que Bruce Willis, não vai se deixar matar assim tão facilmente e é onde se desenrola toda a trama: Joe do presente quer matar seu eu futuro para ganhar uma boa grana e viver a vida que ainda lhe resta e Joe do futuro quer se vingar dos mafiosos que mataram a sua esposa e o enviaram de volta, sem poder matar o eu presente senão ele também não sobrevive! 

Pelo meio, há boas cenas de ação que envolvem até pequenos planadores e alguma telecinésia e a confusão que ocorre na cabeça de uma pessoa que está seguindo duas linhas de tempo-espaço ao mesmo momento. Confuso? Não como parece!


Bom... Espero ter colocado um pouquinho de curiosidade na cabeça de vocês! E falando em fatos curiosos, lembrei que logo de cara, achei o rosto de Gordon-Levitt muito estranho e simplesmente não conseguia entender. Depois soube que ele está em baixo de uma forte maquiagem para que seus traços se aproximassem o máximo possível de Willis, além das lentes azuis que usa. Então, você certamente terá essa impressão e vai estranhar no início, mas depois se acostuma. 
                                 
Bom, então aí está a minha dica! Não é um filme arrasta-quarteirão, ou extremamente surpreendente. Mas leva a narrativa complicada numa boa, sem aqueles momentos de explicações enormes de teorias maiores ainda. Tem também o excelente trabalho dos atores. Tem Bruce Willis, destaque meu porque eu sou fanzoca dele mesmo! Tem uma participação muito boa de Jeff Daniels, que fica super bem no papel do vilão.  Tem também um show de interpretação de Pierce Gangnon que, com apenas sete anos de idade, recebe um papel dificílimo, que mescla a inocência infantil com uma brutalidade extrema, muito bem executado. E tem viagem no tempo, que é interessante por si só e por mim, já valeria o risco! Que tal arriscar também?!