sábado, 29 de outubro de 2011

Mulheres Solteiras Procuram

Assisti ontem a peça teatral “Mulheres Solteiras Procuram” com o texto, a direção e a hilária interpretação de Pitty Webo, que divide o palco com o muito talentoso e extremamente lindo (essa é por minha conta!), Marco Antônio Gimenez.
De forma bastante cômica, a peça retrata as mais diversas situações que podem acontecer (acontecem!) na vida das mulheres solteiras em busca de felicidade e realização pessoal, principalmente no que diz respeito aos seus relacionamentos. O texto se divide em pequenas histórias onde os atores interpretam vários personagens, alguns estereótipos e muita comicidade.

Falando nisso, tinha visto, mais cedo, os atores em um jornal local prometendo risadas do início ao fim. E eles não estavam fazendo propaganda enganosa! Os esquetes retratados são extremamente hilários. A platéia não parava de rir. Juntando com as interpretações que misturam muitas caras e bocas e uma total entrosação com o texto, resulta em uma combinação perfeita para sucesso total!

Imagina quando as mulheres começam a contar as situações pelas quais já passaram em suas vidas? É de notório saber o quanto que o universo feminino é complicado! (Será? rsrs) O que os homens não sabem é como é difícil ser mulher nos dias de hoje: a constante busca pela independência pessoal, profissional e, porque não, sexual. E a peça mostra um pouco deste complexo universo através da perspectiva feminina e não teve quem não se familiarizasse com uma ou talvez duas (ou talvez todas) as situações expostas em cena.

Recomendadíssimo! Vale mesmo à pena prestigiar esse excelente trabalho que, tenho toda certeza, foi feito com todo primor para o público. E mais, não custa absolutamente nada passar quase duas horas admirando o belíssimo, tudo de bom, extremante lindo Marco Antônio... Refiro-me ao lindo trabalho, óbvio! E a Pitty, claro, que é talentosíssima, simpaticíssima e lindíssima! E mais, as muitas risadas estão garantidas, com toda certeza.

Só sinto não ter ficado mais tempo, ao fim do espetáculo, para parabenizá-los pessoalmente. Imaginem a minha tristeza de não ter dado parabéns ao excelente texto de Webo e ao maravilhoso, esplêndido, mega lindo trabalho (estou falando do trabalho! rsrs) de Gimenez...
 
Convido, então, quem não foi (e quem puder ir novamente), a ir ao Teatro das Bacabeiras, hoje (29/10) às 21h e amanhã (30/10) às 19h30, para assistir “Mulheres Solteiras Procuram”. Recomendo, ainda, que levem um dinheirinho extra porque, ao fim, Pitty está vendendo, a um preço bem acessível, e autografando seu livro homônimo à peça que conta todas as histórias encenadas e outras mais.  Excelente programa para este fim de semana!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ouça Legião Urbana no volume máximo!


No dia 11 de outubro de 1996 morre, vítima de complicações da AIDS, Renato Manfredini Júnior, que usava o nome artístico Renato Russo e era líder de umas das melhores bandas (e, na minha opinião, a melhor banda) de pop rock nacional, Legião Urbana!

Na verdade, eu nem sei por onde começar a falar de Legião Urbana e de Renato Russo.  Porque eu sou mesmo uma legítima legionária! Pode parecer clichê, mas a música que me fez gostar da banda foi “Pais e Filhos”. Essa música me fez refletir tanto sobre a vida, sobre mim, sobre o mundo... Percebia que, por vezes, as palavras que saíam da boca daquele cantor de voz grave vinham diretamente do meu coração! Eu tinha 10 anos na época e, sentada no balanço que meu pai tinha feito para mim no quintal de casa, eu ouvia Legião Urbana.


De lá para cá eu nunca me cansei de escutar. Foi assim que conheci todas as músicas da Legião e, em muitas das poesias de Renato, ainda me encontro. Ainda gosto de refletir sobre suas palavras. Cada momento de minha vida, cada angústia de meu ser, cada indignação da minha alma, podem ser encontrados nos versos da Legião. Uma vez um grande amigo me perguntou se eu gostava de todas as músicas da banda, pois ele acha que é desnecessário e acha até algumas músicas chatas. Mas eu digo, sim, Di, umas mais, outras menos, mas eu gosto de todas as letras de Renato Russo. São palavras não ditas pelos meus lábios, mas gritadas por minha alma.

Renato Russo foi uma pessoa de tal grandiosidade que os quinze anos de sua morte não conseguem minimizar seu tamanho e seu legado para a música brasileira. Legião Urbana começou em 1982, depois de Renato ter se desentendido com os integrantes de sua antiga banda, Aborto Elétrico, e ter passado um tempo em carreira solo, período em que se auto-intitulou Trovador Solitário.

Sempre com bastantes influências de bandas inglesas como The Smiths e The Cure, a banda inicia com uma pegada punk e letras com temáticas sociais. O Russo é uma referência a Rousseau, um dos principais filósofos do Iluminismo e precursor do Romantismo. E era isso mesmo que Renato era: um pensador! Legião Urbana não se destacou por arranjos difíceis ou solos complicados. Pelo contrário, seu instrumental era altamente simples, quase sempre o mesmo. Os outros integrantes até questionavam Renato por não ousar. Mas ele não se importava!  

O que sempre foi mesmo marcante foram as letras! Renato dizia que ele escrevia sobre sua vida, mas queria que as pessoas se identificassem. Eu acredito muito que ele tenha conseguido. Eu sou uma das pessoas que se identificam. Mesmo as letras mais tristes, até meio depressivas, parecem com nossos momentos de angústia. Renato Russo falou o que a juventude punk brasiliense queria falar e, assim, externou o que os jovens brasileiros do início da década de 80 até os dias de hoje querem gritar! 

Em 1996, a banda Legião Urbana se desfaz por conta da morte prematura de Renato Russo, vítima de uma vida de excessos que o levou a outro plano, com apenas 36 anos de idade. Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, que junto com Renato formaram o trio que marcou a banda, disseram que não existe pretensão de uma nova formação, pois seu vocalista é insubstituível!

Mas é desnecessário que Dado e Bonfá falem isso! Todos sabemos: Renato Russo é, definitivamente, inigualável!

URBANA LEGIO OMNIA VINCIT!