sexta-feira, 13 de maio de 2011

MOMENTO POESIA!!

A(a) Espera

A noite enluarada
Que o dia silencia
É a minha única companhia
Nesta fria madrugada!

Apenas uma pele macia
Servir-me-ia como morada!
Um aconchego, uma casa
Para uma vida solitária...

E nas noites de melancolia
Poder sentir-me acalantada
Quem sabe até o raiar do dia!

Estaria, então, enamorada
Somente isto bastaria...
Somente isto e mais nada!

domingo, 8 de maio de 2011

Cordel do Amor Sem Fim

Assisti, nesta última sexta-feira, a nova versão do espetáculo Cordel do Amor Sem Fim. Digo nova versão devido a troca de uma pequena parte do elenco e, apesar de eles já estarem se apresentando há algum tempo, ainda não tinha tido a oportunidade de ver a nova roupagem da peça.

Primeiramente tenho que falar de quando a vi pela primeira vez. Era dezembro... (brincadeirinha.... os fãs vão entender!! =D) Não era dezembro, não, mas já tem um bom tempo. E lembro de ter saído com a minha alma tão bem lavada de uma enxurrada tão grande de talento... Como fiquei feliz de ver um trabalho tão bem cuidado, tão envolvente, tão engraçado e tão emocionante ao mesmo tempo!

Eu já conhecia grande parte do elenco e sabia que seria bom... mas eu estava subestimando... Não quero que ninguém fique chateado, mas saí do Teatro Porão do Sesc com a certeza de ter visto um dos melhores trabalhos teatrais do estado. 

O texto de Cláudia Barral é lindo e o trabalho musical de Jota Mambembe e Dan Alves o aperfeiçoou ainda mais. As atuações são maravilhosas, muito bem moldadas e costuradas pela direção de Ton Rodrigues. E a cada apresentação, eu me divertia tanto quanto na primeira vez! A dedicação de todos era inquestionável e todos foram se aprimorando cada vez mais.

Eis que depois de ter visto pelo menos cinco vezes a peça com o elenco original, assisti novamente com as modificações. Claro que continua incrivelmente boa, apesar de eu realmente ter sentido as mudanças. A principal delas foi a falta que senti da melancolia à flor da pele da primeira Tereza, originalmente interpretada pelo Maurício Maciel,  não desmerecendo de maneira nenhuma o excelente trabalho do Alenk e das inovações que ele trouxe à personagem e à peça.

De resto, a meu ver, tudo continua demais: as músicas, as interpretações, a iluminação... Mas não posso deixar de falar do Josias, que é sempre a parte mais cômica do espetáculo. Ele sempre arranca gargalhadas da platéia de uma maneira extremamente natural. Através de sua Carminha, de vozinha anasalada, ele aproveita qualquer brechinha e nos mostra que o seu talento não tem tamanho.

Mas todos eles sabem que sou uma grande do trabalho e de cada ator, em especial. O Cordel está em turnê por vários estados da Amazônia Legal, representando a arte do nosso estado. Eu tenho certeza que estamos muito bem representados e desejo todo sucesso do mundo à Cia. Cores na Rotunda.