Perguntei-te quanto tempo é muito tempo
E as palavras que proferiste neste momento
Disseram-me: “Todo tempo longe de você...”
Meus olhos se viram tímidos, acanhados,
Foram surpreendidos pelo inesperado
Não souberam, de imediato,
o que dizer!
Obrigados a se desviarem por um instante,
Quando voltaram ao teu semblante,
Depararam com a verdade do teu olhar!
Teus olhos aprazíveis que não ousam mentir
Acolhem-me como uma canção de ninar
E externam o que há de melhor em mim...
Lembrei-me de o porquê estou diante de ti
Porque teu olhar definitivamente me encanta
É sincero e curioso, como de uma criança
Por vezes, nervoso e um tanto amedrontado
Nessas horas pede, em silêncio, meu abraço
Mas estão sempre ali, sempre do meu lado...
Deixei os devaneios e voltei-me ao presente
Senti os teus olhos sobre os meus, novamente
Fitando a minha alma que permanecia calada
Mas que arquitetava o que estava por vir:
Dentro dos teus olhos eu faria morada
Daqui para sempre viveria dentro de ti...