Temporal
Quando o inverno invadiu minha janela
Congelou a lágrima e resfriou o suspiro
De meu sono leve e meu sonho aflito
Por dormir neste leito feito de espera
Desperto, vaguei por entre os cômodos
Onde folhas secas inundavam o coração
E páginas molhadas revestiam o chão
Vindas de muitos diários.. e tantos outonos...
Por certo, não verei o verão
Os raios de sol esbarram no telhado
Sequer aquecem a sala ao lado...
Deparam-se somente com a solidão!
Prossigo, então, em minha espera...
Em busca de ver novamente as cores
À espera do desabrochar das flores
Ansiosamente, aguardo a primavera!